De beijos ternos me alimento
Para minha desdita e tormento
Dos teus olhos ternos me rodeio
Para minha perdição e anseio
A tudo e nada na vida
Peço guarida
Perdão!
Pois que da minha vontade
Não depende esta ansiedade
Esta maneira de estar
A insanidade de amar
De em insónias te buscar em pleno breu
Amor meu
Minha Paixão!
Que o desgosto me mate
que aqui nada faço!
Dou passos de desespero
Choro lágrimas, cortantes como aço.
Que a vida se acabe neste maldito canto
do mundo.
Que aqui cheguem os que vagueiam
tão desolados, neste desencantamento
profundo.
Ai! Que me carreguem o corpo porque a alma
se libertou
Teve mais sorte que a carne, que fica
fria, esquecida e pútrida.
num palmo de terra que alguém doou.