[poemas] Dark

Passaram os dias com grande fervor
envoltos em angústia e dor
suavemente, ardentemente.
gritos de desespero... ecoam
calmamente, permanentetemente
em minh´alma, eternamente

fruto da vida e da razão
que me fez trilhar a solidao
por arduos campos de terra
para sempre, para sempre, sem caixao
e a lua tao alta reflete ilusoes
sangue de guerra,
momentos efémeros de outras gerações

foi ai, nessa luz que me perdi
foi aqui, neste mesmo sitio que reflecti
sobre baladas de amor
trovas de embates antigos
lamentações sussuradas aos espíritios
que ainda agora permanecem, me assombram
que entoam, que se esbatem, cá no fundo
escondidas
enterradas
cravejadas no mais doce de meu ser
para sempre...

Gostei imenso, boa linguagem usada, continua que eu quero ler mais.

Abraço,
F.

Viajante

viajante de capa negra
ele foi a procura
do reflexo do luar
nas ondas do mar

melodia encantada
das ondas irreais
da grandeza dos areais
da imensidão encantada

onde estava a lua?
nem no céu, nem nas águas
nem na mera espuma
desapareceu nas profundezas

talvez um dia apareça
ou talvez nunca aconteça
quem saberá
o que o futuro nos trará

xD

mt bem;)

FANTOCHE

fantoches enfeiticados
obrigados a se mover
vagueiam nos caminhos escuros
sozinhos, escondios
sem que os possam ver

correm em cearas alheias
divertido se, rindo,
ceifando vidas
destruindo colheitas
e almas perdias

fado eterno, incessante
passo erante
sussurrando aos astros
falando te ao coraçao
da doce escuridao

de laminha em punho
te dará o caminho
da agonia, do sacrificio
e que sem piedade
te mostrara a realidade

os fantoches la estao
ainda esperam
pelo sangue quente
ainda cantam
pela liberdade


sonham, sonham
que um dia se quebre
o feitiço amaldiçoado

esperam pela alma
pelo coracao pulsante
mas o futuro tao distante
os mergulha na calma

esperando...

Gostei particularmente do "viajante"
Estiveste bem!

vai se desenrascando

ty

e vai outro

Baloiço

balançando no baloiço
o suspiro que nao oiço,
a voz que nao compreendo,
é esta do coração
sozinho nao entendo
as trevas desta escuridão

na cadeira a baloiçar
sempre, sempre sem parar
estou só, com minha mente
e estas imagens no pensamento
sao persagios de morte
que vêm em andamento
sao como infortunios
de futuros vindouros

a cadeira continua a baloiçar
Mesmo depois de eu partir
sabe que saí para matar
está a espera de me ver vir
e quando novamente a encontrar...

tornarei a baloiçar
embalando, adormecendo, sonhando
esperando pela lua novamente
que´ssa luz se erga no horizonte!

o tormento havia começado...
para a frente para tras, cadeira a baloiçar
para tras para frente, cadeira sem cessar